quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Reflexões de Um Cigano

"Não escolha dia, nem local: busque sempre proteção junto à entidade cigana de luz que lhe acompanha. Esteja em permanente sintonia com esta; mentalize a sua imagem, sinta a sua presença, a sua companhia, identifique no horizonte a sua cor de vibração, aspire a sua essência exótica e preferida.

Seja você cigano ou 'gadjó', siga a estrada que lhe convier - certamente será a que lhe estiver destinada. Dela não se afaste, tocado pela energia da entidade que lhe mostrará início, curvas e fim.

Procure em você mesmo, e naqueles que o acompanham, o sentido da caminhada. Procure em volta, no mistério da lua, na incerteza do lusco-fusco, na harmonia dos sons. 

Insista nessa busca, em relação à qual o mais importante é não desanimar. Saiba que a força necessária para cumprir o objetivo pode estar na solidão do silêncio, na emoção da crença, ou - o que é mais provável - no olhar ao mesmo tempo altivo e submisso, ingênuo e sensual, doce e selvagem, de uma cigana encantada".


Eis uma reflexão poética, fatalista e filosófica que sugere que, independentemente da sua origem (cigana ou não-cigana (gadjó)), cada pessoa deve seguir o caminho que escolher, que já está, de alguma forma, "destinado", o destino já está traçado.

A menção à "energia da entidade" sugere uma crença na intuição, orientação espiritual ou forças maiores que nos guiam através das diferentes fases da vida ("início, curvas e fim").

O conselho "Dela não se afaste" incentiva a aceitar e seguir o próprio caminho com autenticidade, confiando que é o caminho certo para si mesmo.

Uma reflexão que mistura a ideia de livre arbítrio (a escolha do caminho) com a de predestinação (o caminho "destinado"), sugerindo que, de alguma forma, nossas escolhas e nosso destino final estão intrinsecamente ligados e inevitáveis. Uma bela mensagem que ressoa com muitas tradições espirituais e filosofias de vida que enfatizam a importância de seguir o próprio propósito e confiar no fluxo da vida.


"Você não é intenso demais. É que muita gente ainda vivi no raso."