domingo, 17 de dezembro de 2017

Gato, O Animal Mágico


"O passo do gato é mais leve e silencioso do que a batida de asas de uma borboleta; tão leve e silenciosa deve ser a ação mágica".

O gato tornou-se um animal doméstico por volta de 3000 A.C.; foi respeitado, amado, divinizado, perseguido, mas, desde sempre, reconhecido como o animal doméstico por excelência, pois possui um psiquismo muito forte.

O Paganismo tem a crença no Familiar, animal que através de um elo mágico (relação psíquica estabelecida entre um humano e um animal) é associado a uma bruxa ou bruxo. O espírito vivo da criatura é capaz de ser enviado em forma espiritual para auxilia-lo em algum trabalho de magia.        É bom esclarecer que se tratam de animais vivos, que vivem como animais de estimação, mas são utilizados pelos praticantes das religiões neo pagãs (como a Wicca) como auxiliares em práticas mágicas.

Essa relação tornou-se popular na Idade Média (principalmente durante a Inquisição), e serviu de base da clássica imagem da bruxa e seu familiar (na forma de gato, sapo, coruja, rato, cão, corvo, etc...). Nos famigerados processos contra as bruxas, os familiares nem sempre eram descritos como animais, muitas vezes eram hominideos ou mesmo daemons, mas todos eram espíritos menores que tomavam formas semelhantes a animais, anãos ou criaturas fantásticas. Apesar de existirem diversas formas de Bruxaria na Europa, as bruxas geralmente atraíam esses espíritos ou estes na verdade as escolhiam. Em alguns casos, eram espíritos de ancestrais, em outros são espíritos elementais, mas em geral são gênios locais.

Também cabe ressaltar que em nenhuma das religiões pagãs atuais existe o sacrifício ritual; visto que, uma das características do Paganismo, como a própria palavra diz, é a ligação com o campo, a natureza e a preservação da mesma.

A Wica, como uma herdeira cultural da Bruxaria Européia, nem sempre faz uso de espíritos familiares e muito raramente usam animais como elos para o mundo astral.

A Wicca, como parte do fenômeno Neo-Pagão que surgiu na década de 60, no século XX, assimilou muitos ideais da Nova Era, como o conceito do Jainismo de que a vida animal é sagrada ou pode conter o espírito de um ancestral (metempsicose ou metemsoplasmose).

Cada gato, na verdade, é um talismã vivo, um verdadeiro imã, atraindo sorte e benefício para seus donos e amigos.
Possui um magnetismo excepcional, como se fosse um verdadeiro pára-raio que descarrega toda a energia astral negativa que se acumula e que, de outra forma, descarregar-se-ia sobre as pessoas que vivem com ele na mesma casa.

Matar, ferir, perseguir intencionalmente o gato é, portanto, um ato extremamente estúpido, em sentido humano e mágico, pois a energia acumulada por esse concentrador de força atinge de imediato quem comete tal nefasta violência.
Os magos negros (praticantes da magia negativa), que torturam e matam o gato para as suas práticas mágicas de ódio e perversão, não sabem que suprimir esse animal serve apenas para condenar a si mesmos a um tremendo golpe de retorno de energia maléfica; outros, que se consideram poderosos, não se apercebem de que mesmo a utilização de todos os sistemas mágicos para neutralizar essa força seria inútil, pois a energia felina é, sempre, mais poderosa.
É bom lembrar que o gato é o protetor, o acompanhante, o trâmite das forças sutis ligadas à Lua, a Deusa da Arte Mágica. De fato, os verdadeiros magos, os mais qualificados e sérios estudiosos do ocultismo, os sensitivos, têm um respeito profundo por esse esplêndido animal, sobretudo quando sem dono e que tenha entrado por acaso em suas vidas.